Rio Acre atinge a segunda maior marca histórica e afeta milhares de pessoas em Rio Branco

A cidade enfrenta a pior enchente em nove anos, ficando a apenas 65 centímetros da maior cota já registrada na capital, que ocorreu há exatos nove anos, atingindo 18,40 metros. A atual marca é seis centímetros superior à registrada em 2 de abril de 2023, quando o rio atingiu a segunda maior cota até então, de 17,72 metros. O cenário é crítico, afetando também o interior do Acre, com 19 das 22 cidades acreanas em situação de emergência devido ao transbordamento de rios e igarapés.

Imagem: reprodução da internet

Acre, 04 de Março de 2024 - O Rio Acre atingiu a marca de 17,78 metros na medição das 9h desta segunda-feira (4), segundo a Defesa Civil de Rio Branco. Esse aumento de sete centímetros em comparação com a última medição aprofundou a situação da capital, que agora enfrenta a segunda maior cheia desde que as medições começaram em 1971.

Já são 45 bairros e 18 comunidades rurais atingidos pela cheia em Rio Branco em 2024, impactando mais de 4 mil pessoas que precisaram deixar suas casas, conforme dados da prefeitura desta segunda-feira. Nos abrigos municipais, incluindo o Parque de Exposições e escolas, mais de 4.000 pessoas estão desabrigadas, destacando a urgência da situação.

A cidade enfrenta a pior enchente em nove anos, ficando a apenas 65 centímetros da maior cota já registrada na capital, que ocorreu há exatos nove anos, atingindo 18,40 metros. A atual marca é seis centímetros superior à registrada em 2 de abril de 2023, quando o rio atingiu a segunda maior cota até então, de 17,72 metros. O cenário é crítico, afetando também o interior do Acre, com 19 das 22 cidades acreanas em situação de emergência devido ao transbordamento de rios e igarapés.

Pelo menos 26.449 pessoas estão fora de casa em todo o estado, entre desabrigados e desalojados. Tragédias já foram registradas, com quatro óbitos relacionados à cheia e comunidades indígenas também sofrendo os impactos. O governo federal enviará uma comitiva para prestar assistência aos afetados pela cheia, com agendas marcadas para Rio Branco e Brasiléia. O decreto de emergência em saúde pública no estado, devido à cheia e às chuvas intensas, tem vigência de 180 dias, conforme publicação no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (1º).