Operação Nirmata: Polícia Federal desmonta redes de difamação eleitoral em Manaus com uso de inteligência artificial

A Polícia Federal desencadeou a Operação Nirmata em Manaus, com o intuito de investigar um caso de difamação eleitoral contra o prefeito David Almeida, supostamente envolvendo o uso de inteligência artificial. Durante a operação, foram executados nove mandados de busca e apreensão, direcionados a um designer, três empresas de publicidade, sócios dessas empresas e dois disseminadores de notícias falsas.

Imagem: reprodução da internet

Ao longo da ação, foram apreendidos dispositivos de armazenamento de dados, e os suspeitos foram convocados para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal. Em coletiva de imprensa, o delegado federal Rafael Grummt, encarregado do caso, destacou que a produção do material difamatório foi realizada de forma profissional, sugerindo que não se tratou de um ato isolado, mas sim de um planejamento executado com conhecimento técnico.

Grummt enfatizou que a difamação parece ter motivações políticas, visando prejudicar o prefeito eleitoralmente. Durante a coletiva, afirmou: "Não é uma pessoa isolada, certo? Foi feito de forma profissional, o que nos leva, inicialmente, a entender que há uma profissionalização e um objetivo claro de difamar o prefeito da cidade de Manaus. O contexto inteiro ainda está sendo apurado."

As investigações estão em andamento, com equipes realizando diligências nas ruas, e os alvos das medidas ainda serão submetidos a interrogatórios. O delegado ressaltou que, por meio desses interrogatórios e da contextualização, será possível identificar os mandantes e determinar se a ação foi um evento isolado ou parte de uma estratégia mais ampla com objetivos políticos específicos, como a difamação eleitoral.

O caso teve início após uma manifestação de professores em frente à Prefeitura de Manaus, seguida pela divulgação de um áudio no dia seguinte, atribuindo insultos aos docentes ao prefeito. A Polícia Federal conseguiu tecnicamente comprovar a inautenticidade do material circulado, identificando o sistema utilizado, o responsável pela produção do áudio, o local de produção e uma agência de publicidade encarregada da divulgação nas plataformas digitais.