Ex-primeira-dama refuta acusações relacionadas a um plano golpista e critica supostos vazamentos seletivos com fins políticos.
STF - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro repudiou as informações envolvendo seu nome na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada pelo PL Mulher, presidida por ela, Michelle classificou as acusações como uma “cortina de fumaça”, argumentando que não há provas contra sua conduta. “Essa 'revelação' já havia sido feita em 2023, mas nunca conseguiu comprovar absolutamente nada contra o presidente do PL Mulher por uma razão simples: não há nada a ser comprovado”, declarou.
Michelle também atribuiu como acusações uma tentativa de desviar a atenção pública dos erros do governo Lula. Segundo a nota, os vazamentos seletivos de documentos sigilosos foram usados para “abafar” tanto a repercussão positiva de sua participação na posse de Donald Trump nos Estados Unidos quanto as declarações de Jair Bolsonaro sobre possíveis sucessores políticos diante de sua inelegibilidade. Ela acrescentou que os vazamentos refletem práticas de perseguição política, conhecidas como “armamento”, comparando a situação aos cenários denunciados nos Estados Unidos e na Venezuela.
As negociações à ex-primeira-dama vieram à tona a partir da delação premiada de Mauro Cid, em agosto de 2023. Ele afirmou que Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estavam entre os mais radicais de um grupo que incentivava o o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou um golpe de Estado após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Segundo Cid, o plano teria como base o apoio popular e de grupos armados, como os CACs (caçadores, caçadores e colecionadores).
No último domingo (26), Michelle Bolsonaro ironizou as acusações por meio de suas redes sociais. Em uma publicação no Instagram, ela apresenta uma reportagem com o título “Delação de Mauro Cid revela papel de Michelle e Eduardo Bolsonaro no plano golpista”, acompanhado de um áudio de risos e uma figurinha que enchia duas xícaras de lágrimas. Apesar da postura descontraída nas redes, a ex-primeira-dama concluiu sua nota oficial classificando os vazamentos como “práticas inconstitucionais e antidemocráticas” que deveriam ser repudiadas.
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