top of page

Alta dos alimentos é atribuída ao dólar e a Trump, diz Ministro no Senado

  • Foto do escritor: Falando de Política
    Falando de Política
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Segundo o parlamentar, o aumento do dólar tem pressionado as cadeias produtivas e impactado diretamente o custo de itens essenciais para os consumidores. A declaração foi feita durante sessão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), presidida pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).

 
Imagem: reprodução da internet
Imagem: reprodução da internet

Em audiência no Senado nesta quarta-feira (9), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, apontou a variação cambial, impulsionada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, como o principal fator para a alta nos preços dos alimentos no Brasil nos últimos meses. Segundo o parlamentar, o aumento do dólar tem pressionado as cadeias produtivas e impactado diretamente o custo de itens essenciais para os consumidores. A declaração foi feita durante sessão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), presidida pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).


Teixeira também anunciou que o Plano Safra da agricultura familiar alcançará R$ 76 bilhões em financiamentos entre 2024 e 2025, com foco no fortalecimento da produção de alimentos como feijão, arroz, batata, tomate e carne. Ele destacou o sucesso do Pronaf (Programa Nacional de Fortal Ascensão da Agricultura Familiar), que realizou mais de 1,8 milhão de operações em 2024, com meta de chegar a 2 milhões em 2025. Além disso, o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF) atingiu 2,2 milhões de registros ativos em janeiro de 2025.


O ministro rebateu críticas sobre a reforma agrária, afirmando que, apesar de uma evasão de 30% nos assentamentos, 70% dos projetos têm sido bem-sucedidos. Ele contestou um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que indicou mais de 205 mil lotes vagos, alegando equívocos no estudo. Teixeira também mencionou o programa Terra da Gente, que assentou 74 mil famílias em 2024, com previsão de chegar a 100 mil em 2025, e o Desenrola Rural, que oferece descontos de até 85% para renegociação de dívidas, mirando 250 mil acordos no próximo ano.


A oposição, no entanto, discordou da análise do ministro. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) minimizou a influência das políticas de Trump e atribuiu a inflação ao descontrole fiscal do governo federal. Já o senador Marcos Rogério (PL-RO) questionou a falta de acompanhamento nos assentamentos, enquanto Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES) criticaram a suposta leniência do governo com o Movimento Sem Terra (MST). Seif chegou a classificar o MST como “grupo terrorista”, acusação refutada por Teixeira, que defendeu a produção de cooperativas ligadas ao movimento e negou favorecimentos.


O senador Beto Faro (PT-PA) alertou para o enfraquecimento do Incra, que, segundo ele, precisa de mais recursos para atuar de forma eficaz. Zequinha Marinho, por sua vez, enfatizou a importância da Amazônia, com 2,3 mil projetos de assentamento e 447 mil famílias em 70 milhões de hectares, como fonte de riqueza e qualidade de vida. A audiência contou com a participação de outros senadores, como Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Wellington Fagundes (PL-MT), refletindo o amplo debate sobre agricultura e reforma agrária no país.

Comentarios


bottom of page